https://youtu.be/QLCDymoJD_0
Sente a virtude da nudez
na poesia da pele, licita natura em êxtase
toca- a no desejo que a toma
e desce pelo abismo tremente do beijo
secreta volúpia que suspira e perdura
toma-a, ou toma o que dela se te oferece
e qual carícia em seus cabelos acolhida
serás vertigem num rosto sem cor.
derrama teu sufoco mulher e sacia a fome
neste teu sem nome
oferta mais singela
que ao olhar se não revela
e tuas mãos irmãs no delíquio dos anseios
colhem nuvens de beijos
compondo no céu o adiamento da espera.
Quem sabe do teu rosto para a censura
o fogo da luxúria a chama do entardecer?
Tal é o segredo no clamor da carne
mas nas vestes da pintura és seda és sede
veemente apelo de amor.
Bernardete Costa