https://youtu.be/QLCDymoJD_0
Um dia destes, no meu trajeto citadino, cruzei-me com o escritor e amigo de longa data José Viale Moutinho. Com normalidade insuspeita inquere das minhas andanças, invariavelmente dos meus projetos literários. Já certa vez me chamou preguiçosa porque não lhe respondi de forma conclusiva. Desta feita contei-lhe dos meus projetos teatrais e outros ligados à Universidade autodidacta de Esposende assim como à Universidade Sénior de Barcelos.
Prontamente, daquele seu jeito que não admite réplica diz: deixa-te disso. Tu és uma criativa!
Sorri, mais um esgar com laivos de acordo... e desacordo. Como acontece quando a argumentação me escapa momentaneamente.
Hoje, estou aqui para lhe responder como o desejaria ter feito no momento: Sim, sou uma criativa. Pois não é o Teatro uma arte da criação, pelo menos aparentada com tantas outras?
Ou seja, pela terceira vez armo-me em carapau de corrida, ou se preferirem em aprendiz de feiticeiro, e levei à cena já três espetáculos. Nada de grandioso, com certeza. Mas à medida do gosto deste povo simples de Esposende, terra onde o Teatro possui raízes profundas na tradição cultural do burgo. Desta feita realizou-se no último sábado, 3 de junho, no Auditório Municipal, um espetáculo com Música de Todos os Tempos e a peça “ O Chico do Ti’Farturas. Notavelmente, e apesar de outro evento em simultâneo, a sala esgotou; foi até necessário permitir acesso a pessoas que aceitaram permanecer desconfortavelmente a pé ao longo das cochias. Facto que em nada é aconselhável, como sabem.
É pois com a intenção de “publicitar” este meu trabalho criativo que aqui deixo algumas imagens. Também, e notoriamente engrandecer a prestação de todos, professores implicados, grupo coral e atores e atrizes, que, quantas vezes com denodado esforço físico e psicológico, se prestaram às exigências deste projeto.