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Quinta-feira, 15 de Julho de 2010

MÃOS

Tuas mãos anseiam meu corpo e

indagam o delírio dos beijos

num jogo de evocações; vão

pela volúpia dos desejos e não há montes e vales

que tuas mãos olvidem

na suavidade dos pássaros; vão pela busca

das veias possuídas pela liberdade

de voos e demónios no ardor do inferno

e soltam a amarra desta nave

encalhada num cais de inverno

 

tuas mãos içam mastros

na luxúria líquida duma concha de sal

e os anjos no aroma do sexo

entoam hinos que na apoteose final

celebram o fulgor dos astros perante a nudez

emudecida pelo silêncio da ausência.

 

tuas mãos são asas de amor

fruindo a explosão que na urgência

liberta o prazer que em gorjeios de ave

em rios de espanto se inunda.

Na aurora lilás do dia, o labor das mãos

ama na dor a anunciação da primavera

que em meu corpo

aprisionada se interroga.

 

Bernardete Costa

 

publicado por Bernardete Costa às 18:07

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