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Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2010

VIDAS DE MULHER

Residualmente, o vazio. O reconhecimento que o tempo passa, inexorável, e o vazio a persistir. Nuns dias mais incisivo. Noutros nem por isso. Todavia, ele lá permanece oblíquo. Ou antes, como uma linha descontínua que no asfalto da via, vista do longe, semelha um único traço. Mais perto, uma linha intercalada por espaços – porque os sinto também vazios?

Este preâmbulo a descambar para a filosofia existencialista umbilical, apenas porque li no Jornal de Notícias, neste dia 25, sobre uma mulher que não consegue “parar” de prodigalizar apoio humanitário (já não é a primeira vez), no caso específico, à república da Guiné-Bissau. Conduzirá ela própria uma ambulância que vai ser doada ao povo guineense pelos Bombeiros Voluntários de Águeda através da Associação “Viver Sem Fronteiras”. Terá de percorrer muitos quilómetros, enfrentar perigos, fome e sede até chegar ao seu destino (já providenciou o envio duma outra ambulância num contentor, mas a burocracia e os impostos não se compadecem com gestos de solidariedade).
Esta é uma mulher. Como tantas outras. Somente uma mulher que sonha grande e realiza os seus sonhos em prol dos que mais precisam.
Uma mulher que tem família como a maioria. Porém, esta mulher enferma duma doença redentora: a solidariedade. Uma mulher que parte, deixa casa e família reconhecendo a fortuna de ser apoiada, incondicionalmente, por aqueles com quem partilha o lar.
Uma mulher que não terá tempo para descortinar o vazio na sua vida tão humanamente preenchida!
 
Bernardete Costa
publicado por Bernardete Costa às 18:40

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